Projeto Semeando Cidadania chega a escolas municipais de Três Pontas, debatendo o Combate à Violência Doméstica

“Combate à Violência Doméstica”. Este foi o tema central de um ciclo de palestras e debates realizado em escolas municipais de Três Pontas no decorrer da semana passada. Coube à advogada, Dra. Eliana Braga, mostrar aos alunos quais são os principais tipos de violência doméstica e familiar contra a mulher e ainda esclarecer sobre direitos e questões ligadas à justiça. O estudo de casos esteve no bate-papo informativo, aproximando o público de situações reais e, assim, motivando a reflexão por parte das crianças e adolescentes.

Projeto Semeando Cidadania
Dra. Eliana Braga e uma das turmas que já conheceram de perto o Projeto Semeando Cidadania e que debateram a questão da violência contra a mulher

O ciclo de palestras, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher (08/03) foi realizado nas escolas municipais Antonieta Ferracioli Duarte, Cônego Vitor, Professor Vieira Campos, Edna de Abreu, José Vieira de Mendonça, Nossa Senhora Aparecida, João de Abreu Salgado, Nilda Rabello Reis e Professor Manoel Jacinto de Abreu. Estas instituições de ensino integram o “Semeando Cidadania”. O projeto – de caráter educativo, social e de aproximação com a sociedade – visa garantir aos estudantes do município noções de direito, cidadania e democracia.

“Conscientizar o ser humano desde criança sobre a importância dos direitos humanos e da cidadania, faz com que tenhamos homens e mulheres dignos e multiplicadores de todo o aprendizado adquirido na infância”, destaca Dra. Eliana Braga. A advogada foi quem desenvolveu o projeto “Semeando Cidadania”, em parceria com a SME de Três Pontas.

Ela reforça que “a educação é o principal caminho para a defesa dos princípios republicanos, do Estado Democrático de Direito e da Constituição”. Através do Semeando Cidadania, advogados e advogadas se aproximam, levando o máximo de conhecimento jurídico para os jovens, criando cidadãos mais questionadores e conscientes, sabedores de que além de direitos eles também têm responsabilidades.

“Temos de ser conscientes das nossas responsabilidades enquanto parte integrante de um grande e complexo organismo que é o Estado, para cujo bom funcionamento todos têm de dar sua parcela de contribuição. Somente assim se chega ao objetivo final, coletivo: a justiça em seu sentido mais amplo. A educação funciona, sem nenhuma dúvida, como garantidora e formadora desta consciência cidadã”, opina.

Ao semear a cidadania, o não à violência doméstica, o não a qualquer tipo de agressão à mulher a Dra. Eliana deu ênfase à Lei do Sinal Vermelho. Explicou, então, que “a letra X escrita na mão da mulher, de preferência na cor vermelha, funciona como um sinal de denúncia de forma silenciosa e discreta de situação de violência. A ideia é de quem perceber esse sinal na mão de uma mulher, que procure a polícia para identificar o agressor”.

A semeadura começou bem, na avaliação da idealizadora. Dra. Eliana conta que os alunos participaram ativamente fazendo muitas perguntas e narrando casos referentes aos seus lares. Atentos, deram o “feed back” que já era esperado: falariam com os familiares tudo que aprenderam na escola.

“O projeto X Vermelho nas mãos de cada uma dessas crianças será lembrado e disseminado por onde passarem; as crianças e adolescentes vivenciarão sempre o respeito que deve ser dedicado às mulheres, pois todos somos filhos e filhas de uma MULHER“. (Dra. Eliana Braga)