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Artesãs compartilham conhecimento com meninas da Entidade Padre Wallace

 

Projeto Artesanato 1

Alunas com a Presidente da Entidade, Claret e com as professoras artesãs voluntárias Fatinha e Anésia

Elas têm entre 8 e 13 anos e já sabem valorizar a oportunidade com a qual foram presenteadas. Jéssica (8), Geovana e Ana Caroline (9), Taís (10), Taíssa e Laila (11), Stéfane e Isabele (12) e Júlia (13) embora ainda tão novinhas estão conscientes de suas responsabilidades sócio-ambientais; cada vez mais se mostram criativas e habilidosas e já projetam o futuro. Elas aprenderam que transformar materiais que iriam para o lixo em artesanato ajuda a preservar o meio ambiente, contribui para a Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Três Pontas (Atremar), ocupa o tempo de maneira agradável e saudável, gera “coisas que ficam de enfeite” e ainda pode ser fonte de renda.

Quem ensina tudo isso às crianças é Maria de Fátima da Silva. Enquanto Servidora Municipal, “Fatinha” participou da fundação da Atremar e foi neste período que também descobriu tudo o que agora transfere para as pequenas conterrâneas. “Na época percebi que no lixo tinha muita coisa interessante que poderia ser reaproveitada, então, comecei a garimpar e ao trabalhar com o reciclável fui trocando ideias, criando e me encantei por esse artesanato”, revela.

Ao se aposentar, Fatinha, se uniu à irmã, Anésia da Silva Lima, e as duas não pararam mais. Participam sempre de eventos, levando ao público objetos artesanais para uso pessoal e que se tornam também boas opções de presente. As “obras” podem ser encontradas continuamente na Casa da Cultura “Alfredo Benassi”, no Centro da Cidade.

Preparar hoje para o futuro. A preocupação em dar a parcela de ajuda para que o mundo se torne melhor levou as artesãs ao projeto que atualmente é concretizado na sede da Entidade Padre Wallace, no Bairro Santa Inês. Fatinha e Anésia dividem o conhecimento com o grupo de meninas e já colhem os frutos da dedicação voluntária. As alunas chegam sempre entusiasmadas, levam recicláveis e questionam “o que dá para fazer com eles”. Fatinha pensa, Anésia pensa, as alunas pensam e sai sempre um novo produto que agrada aos olhos e ao ego, afinal é sempre boa a sensação do dever cumprido e do poder dizer “eu consegui”. 

Projeto Artesanato 9Assim, caixas de leite longa vida, latas de extrato de tomate, garrafas pet, potes de vidro ou plástico, embalagens diversas, por exemplo, de fermento ou produtos de emagrecimento, CDs e DVDs, enfim, são trabalhados pela turma originando caixas para presentes, porta lápis e canetas, porta bijuterias, guarda cotonetes e algodão, vasos, flores e outros mais.

Com o despertar do interesse pelo reaproveitamento, os recicláveis que antes eram jogados fora na casa das alunas não são mais. O que não vai para a aula é separado para recolhimento pela Atremar. Os demais itens usados na produção do artesanato são adquiridos pelas professoras, pela Entidade Padre Wallace e às vezes rateados também entre as alunas.

“Quando vejo o ânimo das meninas ganho forças para seguir com o projeto porque não é simplesmente ensinar o artesanato; há muitas outras coisas envolvidas nesse trabalho. Meu desejo é que a sociedade se conscientize, que novas pessoas comecem a ajudar no seu bairro, na sua vizinhança e, assim, possam também ajudar a aumentar a vida útil do aterro sanitário, auxiliar no ganho dos Catadores e ainda ajudar famílias de baixa renda a melhorar a qualidade de vida com a possibilidade de ganho extra através da produção e venda do artesanato”, finaliza Fatinha.

Para a Presidente da Entidade Padre Wallace, Maria Claret Dorídio, a parceria tem sido um sucesso. Ela analisa que os benefícios refletem positivamente nas crianças que aprendem lições para a vida inteira e que futuramente poderão fazer do aprendizado um trabalho remunerado. Claret acredita ainda que ganha toda a comunidade já que as alunas multiplicam informações.

Além de tudo isso, continua a Presidente, a bem estruturada sede da Entidade passa a ser mais útil. Segundo Claret, a falta de verbas tem dificultado a atuação da instituição. Embora o espaço tenha sido cedido para o projeto do artesanato, ela vê vantagens, principalmente na certeza de que a Entidade cumpre com seu compromisso social.

As aulas são ministradas toda terça e quarta-feira, das 13 às 15 horas.

Exposição – Meninas do projeto estão à espera do público

Neste sábado (6) acontecerá a primeira Exposição dos trabalhos resultantes do projeto. As alunas estão super motivadas à espera do público. Fatinha, Anésia e Claret também.

A Exposição será na Entidade Padre Wallace (Rua Acre, 19 – Bairro Santa Inês), das 9 às 17 horas.

Além de conhecer de perto as “obras e suas autoras” os visitantes poderão adquirir o artesanato, levando para casa delicadeza e deixando sua contribuição para que as meninas se sintam ainda mais incentivadas a prosseguir no projeto.

Projeto Artesanato 12Opiniões

“Aprendi que reciclar ajuda o meio ambiente, a água está indo embora, pode ser pouca coisa, mas a gente ajuda. A gente aprende e pode vender. Já trouxe litros, latinha de massa e estou gostando das aulas”. (Laila).

“É bem interessante”. (Geovana).

“O projeto é muito importante porque ajuda o meio ambiente e ajuda o povo da reciclagem”. (Taís).

“Acho legal reaproveitar invés de poluir o meio ambiente”. (Taíssa).

“É muito importante para o meio ambiente reciclar e transformar em coisas para vender, deixar de decoração” (Ana Caroline).

“Já fiz porta joia, enfeite com CD. É bem interessante”. (Júlia).

“É legal, interessante ajudar o meio ambiente, reciclar e aproveitar o que ia para o lixo”. (Stéfane).

“Eu faço artesanato em casa também porque eu gosto, ajuda o meio ambiente e a gente não vai para a rua aprender coisas mal”. (Isabele).

“Gosto de vir porque é bom aprender”. (Jéssica).

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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