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Dona Clemência: uma Filha Ilustre, a Cidadã Honorária parte aos 109 anos

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Ao chegar a Três Pontas, dona Clemência foi trabalhar nas lavouras de cana-de-açúcar da Usina Boa Vista

Em agosto de 2015, o site Sintonizeaqui – por meio da seção Filho Ilustre – revelou a garra de uma mineira do Vale do Jequitinhonha, de vida simples, que por longos anos trabalhou nas lavouras de cana e café de Três Pontas. 

Dona Clemência chega aos 109 anos esbanjando vitalidade 1.jpgMostrou os pés sempre descalços, a plantação de verdura aos fundos da casa, a criação de galinhas no terreno emprestado pelo vizinho. Mostrou que dona Clemência Santos de Amorim (Silva) era valente, destemida e que desafiava a própria saúde com seu companheiro inseparável desde a infância, o cigarrinho de palha. Mostrou que aquela senhora amava pisar o chão frio e comer peixe, carne de porco, sopa de mandioca, angu, feijão com farinha de milho. Comida “moderna, granfina” para ela estava completamente fora do cardápio e não por questões financeiras, mas de preferência mesmo. Mostrou ainda que, destemida, dona Clemência criou filhos e netos… e que, mesmo sofrida, nunca perdeu a linha, a esperança e a fé.

Tempos depois, em dezembro, a Filha Ilustre recebeu da Câmara Municipal o título e se tornou Cidadã Honorária Trespontana, iniciativa do Vereador Vitor Bárbara. Foi à solenidade de lencinho e chinelos… linda, como sempre!

Hoje, o Sintonizeaqui volta a falar de dona Clemência. Neste exato momento, o corpo dela está sendo sepultado no Cemitério de Três Pontas. A Filha Ilustre, a Cidadã Honorária faleceu na manhã de ontem (6), na casa própria que ela tanto lutou para ter… no Jardim das Acácias. Dona Clemência, que viveu por mais de 40 anos em Três Pontas, parte aos 109…

Título de Cidadania Honorária Trespontana Câmara Municipal Três Pontas 1

As terras de Padre Victor ela aguou com o próprio suor… plantou e fez frutificar em tantos campos neste rincão brasileiro, nesta Cidade de encantos mil que por suas altivas serras abriga cafezais sem fim… é de fora, mas é bem a cara do povo daqui, varonil. Então… salve, salve, salve! Dona Clemência, centenária.

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