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Pipa causa estrago em helicóptero do Corpo de Bombeiros de Varginha

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Aeronave Pipa 3 (Copy)

Incidentes como este podem causar vítimas fatais

Nesta terça-feira (19), uma equipe do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) voltava de uma missão na Rodovia Fernão Dias. Ao fazer o pouso no heliponto, situado na Base do 9º Batalhão, em Varginha, foi surpreendida por uma pipa. O brinquedo entrou contra o rotor principal da aeronave, causando danos em uma das pás.

De acordo com os Militares, esse tipo de acontecimento pode levar à queda das aeronaves ou causar danos irreversíveis, ferindo gravemente os tripulantes operacionais, que executam atividades externas na aeronave para resgate de vítimas. 

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Aeronave Pipa 1 (Copy)

Apelo é que crianças e adultos não soltem pipas próximo a helipontos

“Fica nosso apelo a toda a população para que oriente seus filhos a não empinar pipas próximo aos pontos de pouso e decolagem de helicópteros, tanto na cidade Varginha, como nas demais cidades do Sul de Minas. Temos que ter consciência que, por causa de uma pipa e linhas, o equipamento pode ficar indisponível para atendimento às pessoas do nosso Estado por tempo indeterminado, até a manutenção do mesmo”.

Ainda conforme noticiou o 9º Batalhão, o mecânico da aeronave, em Varginha, está fazendo uma avaliação nos danos causados na pá atingida. A verificação determinará se a aeronave será liberada para a continuidade do serviço da Companhia de Operações Aéreas ou se haverá a necessidade de parar o equipamento para troca.

Especialistas em Aviação Civil confirmam o perigo da brincadeira

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Aeronave Pipa 2 (Copy)

Como mostra o acontecimento, acidentes com pipas colocam em risco ciclistas, motociclistas e também aeronavegantes

Todos nós associamos pipa às férias, quando a garotada e adultos aproveitam a pausa das aulas para se divertir. Mas não é só na época de férias que acidentes com linha de pipa acontecem, mas certamente a probabilidade aumenta muito. Então, atenção redobrada para ciclistas, motociclistas e aeronavegantes.

Muitas vezes, para ciclistas e motociclistas, a linha da pipa não é vista a uma distância suficiente para frenagem e eles podem ser atingidos pela linha. Para os pilotos e tripulantes que voam em helicópteros nas operações de segurança pública e de resgate aeromédico, essa visualização é muito mais difícil.

Para os ciclistas e motociclistas a solução é usar antenas próprias para segurar a linha de pipa. Trata-se de uma antena comum, como as de rádio que se usavam antigamente nos carros, porém, com um pequeno ‘gancho’ na ponta, justamente para segurar a linha de pipa. Mas e no helicóptero?

Hoje os helicópteros utilizam o corta-fio, mas ele não é eficiente para as linhas de pipa.

Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais Aeronave Pipa 4 (Copy)

Danos estão sendo avaliados por mecânico do 9º Batalhão de BM de Varginha

Quando o helicóptero estiver voando baixo e a equipe não perceber pipas na área, suas linhas serão atingidas pelo rotor principal e pelo rotor de cauda e se enrolarão no mastro e poderão fazer cortes nos links de comando. Em alguns casos eles terão que ser substituídos. E para cortar não precisa ter cerol, a fricção da linha nas superfícies da aeronave é suficiente para cortar ou riscar.

Nas férias é muito comum um helicóptero da segurança pública pousar com linhas enroladas nos rotores. Dica: não permita a aproximação de qualquer pessoa enquanto os rotores não pararem.  As pontas das linhas podem atingir alguém e ela vai se cortar.

Na segurança pública também já aconteceram acidentes fatais por causa de linha de pipa. Elas cortaram as cordas enquanto tripulantes operacionais realizavam o mcguire. Essa técnica é utilizada para extração de vítimas de lugares inacessíveis, onde a vítima e o tripulante operacional ficam pendurados por cordas presas no helicóptero.

Um acidente aconteceu em 1997 com um helicóptero Bell 412 da Polícia Federal. A equipe realizava um treinamento para demonstração, utilizando-se da técnica do mcguire. Nesse acidente 3 tripulantes operacionais faleceram.

Outro acidente aconteceu em 1998 com um helicóptero AS350BA – Esquilo, da Polícia Militar de São Paulo. A equipe realizava uma demonstração, utilizando-se da técnica do mcguire. Nesse acidente 2 tripulantes operacionais faleceram.

(Fonte: http://www.pilotopolicial.com.br/aeronavegantes-cuidado-com-as-linhas-de-pipa-elas-podem-ser-fatais/Fotos: CBMMG)

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