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Três Pontas se mobiliza em ajuda às vítimas da tragédia de Mariana

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Rio Doce abastece 10 municípios; 5 já estão sem água potável (Foto: Catraca Livre)

As cidades mineiras de Governador Valadares, Periquito, Galiléia, Tumiritinga e Alpercata estão sem água. O desabastecimento é uma das consequências do rompimento das barragens Fundão e Santarém, da Mineradora Samarco.

O acidente ocorreu na tarde do último dia 5 e destruiu o Distrito de Bento Rodrigues, entre Mariana e Ouro Preto, na região Central do Estado. Até o momento foram confirmadas 11 mortes e aproximadamente 600 pessoas ficaram desabrigadas. Os desaparecidos agora são 15. Segundo o Ibama, cerca de 50 milhões de metros cúbicos de rejeito de mineração, o suficiente para encher 20 mil piscinas olímpicas, compostos principalmente por óxido de ferro e sílica (areia), foram lançados no meio ambiente. A lama atingiu várias outras comunidades e segue fazendo estragos ao longo do Rio Doce, que atravessa 17 municípios até desaguar em Regência, um distrito de Linhares, no Espírito Santo. As águas deste rio abastecem dez cidades. A previsão é de que toda a sujeira chegue ao mar nesta segunda-feira (16).

“A situação é pior do que vocês imaginam. A cidade pode entrar em calamidade pública a qualquer momento. A previsão era de nós termos abastecimento de água em quatro dias, já mudou a previsão. Não tem previsão de ter água potável na cidade. A que nós temos é a que nós estamos usando. Estão chegando caminhões-pipa, mas para atender somente escolas, hospitais, asilos e penitenciárias. A população vai ficar sem água (…). O Rio Doce é lama pura, então, orem por nós”, clama uma moradora de Governador Valadares. O município não tem outra fonte de abastecimento, senão o Rio Doce.

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Tragédia trouxe graves consequências sócio-ambientais (Foto: Correio Brasiliense)

Sensibilizados com a situação, a Médica, Adélia Maria Batista, e alguns  amigos trespontanos lançaram em rede social o Movimento “Água Potável para a População Ribeirinha do Rio Doce”. As doações poderão ser feitas até às 15 horas da próxima quinta-feira (19). Segundo a voluntária, a água potável pode ser de qualquer tamanho, mas a preferência é por vasilhames maiores. Toda a arrecadação será encaminhada para a Defesa Civil Municipal que fará chegar até a população necessitada. A orientação, explica Dra. Adélia, veio da Defesa Civil Estadual.

“Convidamos todas as tribos de Três Pontas a participarem deste ato puramente solidário”, descreve.

Todas as pessoas que puderem colaborar devem entregar a água potável envasada na Rua Nossa Senhora d’Ajuda, 1.368 – entre 15 e 20 horas. Outro local de recolhimento é a Casa da Cultura Alfredo Benassi que fica na Rua Barão da Boa Esperança, 45 – Centro de Três Pontas. Falar com Mariana Tiso.

(Fontes: G1 e Bom dia Brasil)

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