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Bispo Coadjutor da Campanha faz primeira visita à Terra de Padre Victor e de Nossa Mãe e é surpreendido pela hospitalidade trespontana

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Desde a sua chegada à Minas, no início do mês, Dom Pedro procura conhecer os 49 municípios que compõem a Diocese da Campanha. Nesta terça e quarta-feira teve o primeiro encontro com os trespontanos

A missa das 7 horas desta quarta-feira (22) no Carmelo São José, em Três Pontas, foi celebrada pelo Bispo Coadjutor da Diocese da Campanha, Dom Pedro Cunha Cruz. Após a celebração, ele conversou com as Irmãs e conheceu um pouco mais de perto a história da Madre Tereza Margarida do Coração de Maria, a Nossa Mãe, uma das fundadoras do Mosteiro e cujo Processo de Beatificação já foi aberto no Vaticano.

Este foi o segundo compromisso cumprido na Terra de Padre Victor pelo Bispo que, possivelmente em novembro, substituirá Dom Diamantino Prata de Carvalho. No dia 20 deste futuro mês, o atual líder completará 75 anos de idade e, conforme o Direito Canônico, deverá enviar ao Papa Francisco uma solicitação de renúncia que poderá ser aceita imediatamente ou demorar um pouco, mas – assim que aprovada – Dom Pedro assumirá, automaticamente, como Titular da Diocese.

Pela primeira vez o Coadjutor veio a Três Pontas. Na visita surpresa, acabou surpreendido pela hospitalidade, uma das mais fortes características do povo trespontano. Na noite desta terça-feira (21), ele foi recebido com aplausos calorosos quando apresentado pelo Pároco da Paróquia Nossa Senhora D’Ajuda, Ednaldo Barbosa, assim que adentrou a Igreja Sagrada Face, no Bairro Botafogo. Além de Padre Ednaldo, participaram da celebração os padres Guilherme que atua na Cidade e Noel que é filho de trespontano, estuda em Salamanca (Espanha) e trabalha em algumas paróquias de Portugal. Padre Noel aproveita as férias para rever os familiares e amigos sulmineiros.

O Bispo Coadjutor ofereceu a missa aos doentes e desejou que sua presença fosse meio de crescimento espiritual. Dom Pedro explicou aos fiéis que está percorrendo a Diocese, composta de 49 municípios, de 15.000 Km², a fim de conhecer a identidade de cada comunidade. Ele comentou que já percebeu que, apesar das diversidades paroquiais, há unidade em torno da fé. Depois agradeceu a presença dos trespontanos na celebração que, notou, foram movidos pela vontade de conhecer o auxiliar de Dom Diamantino e também viver o Mistério Eucarístico.

Momentos antes do término da missa, dona Iraci deu as boas-vindas formais em nome da Paróquia, em nome da comunidade trespontana. Dom Pedro respondeu que se sentia alegre com as palavras de acolhida, com aquele momento e com o desafio da nova caminhada.

Após a benção final, ele se posicionou para receber os cumprimentos dos fiéis e, em seguida, falou com a imprensa.

Estar na Terra de Padre Victor

“É uma alegria enorme poder vir aqui. Eu venho não simplesmente como Bispo Coadjutor da Diocese da Campanha, como também um devoto de Padre Victor. Eu conheço bem a história da vida dele, sua trajetória no seminário. No período da escravidão, ele entrou no seminário e enfrentou todos os desafios da época, do século XIX. Foi pároco desta Cidade por 53 anos e foi aquele pároco zeloso, dedicado que fez exatamente aquilo que o Senhor Jesus, nosso supremo pastor, espera dos sacerdotes: ser um sinal de santidade e trabalhar pela santificação das almas que o Senhor nos concede”.

Sair do Rio de Janeiro e aportar no Sul das Gerais

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Padres Noel e Guilherme, Dom Pedro e Padre Ednaldo após a celebração na Igreja Sagrada Face

“São belezas distintas, porém sempre beleza. Aqui também tem belezas naturais e a maior é a beleza do povo de Deus. O povo sulmineiro pelo que eu tenho vivido, experimentado é um povo muito acolhedor, muito bom, um povo muito católico. Na última estatística da CNBB, o índice de catolicismo na região  foi de 71%, o que nos alegra muito. Sabemos que temos muitos desafios ainda nesse processo de evangelização, reiniciar muitos fiéis que deixaram a nossa Igreja, mas é nosso trabalho pastoral ir atrás dessas ovelhas do nosso rebanho. A nossa missão é esta mesmo”.

Jovens e Igreja

“Sem dúvida alguma nós sentimos muito a ausência do jovem na Igreja. Sabemos que o mundo de hoje também tem vários outros atrativos, mas precisamos fazer com que a Igreja seja o coração, o centro da vida do jovem. É uma missão árdua, mas acho que a experiência da Jornada Mundial que tem acontecido no mundo inteiro e também o carisma do nosso Papa Francisco têm atraído muitas pessoas, sobretudo, os jovens para o coração e o seio da Igreja”.

A função do Coadjutor

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“Eu trabalho muito nesse sentido de enraizamento dos féis em Cristo e à sua Igreja”. (Dom Pedro – Bispo Coadjutor da Diocese da Campanha)

“A minha função, sem dúvida, é aquela de conhecer primeiro a Diocese, tanto o clero quanto também os fiéis. Eu vim para colaborar com o Dom Diamantino e a nossa vida é exatamente esta, uns têm que semear, outros têm que colher. É uma graça particular o Senhor me conceder este tempo que tenho como Coadjutor porque assim nós podemos iniciar um trabalho tendo um conhecimento mais seguro da Diocese. São muitas riquezas e muitos desafios, então, acho que esse tempo vai me fazer crescer e perceber aquilo que a gente precisa crescer ainda na nossa Diocese da Campanha”.  

A recepção trespontana

“A recepção foi muito calorosa, como foi também em Baependi. Gostei muito da Cidade, fiquei muito emocionado ao rezar diante do túmulo de Padre Victor. Gostei dos projetos que os padres daqui da nossa Paróquia têm e a própria Diocese da Campanha tem para poder incrementar e fomentar cada vez mais esta devoção, sobretudo, porque nós esperamos para o final do ano a celebração de Beatificação que vai, sem dúvida alguma, atrair muitos fiéis, não só do Estado de Minas Gerais como do Brasil inteiro. Acho que este Processo fez disseminar um conhecimento maior por parte de vários fiéis do Brasil em relação ao Padre Victor”.

Aos trespontanos

“Estamos aqui numa Diocese que é um celeiro de Santos que já temos e que vamos ter. Vale a pena viver a santidade do batismo e sentir um amor incondicional a Cristo e à Igreja. Nós precisamos trabalhar um pouco mais essa questão do santo orgulho do católico, ele sentir orgulho de sua fé, sentir orgulho da sua Igreja. Eu trabalho muito nesse sentido de enraizamento dos féis em Cristo e à sua Igreja”.

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