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Coronavírus – Como enfrentar o medo que bate à nossa porta? Veja a reflexão da psicóloga clínica, Cristina Scarpelli, para encarar o confinamento

Quando tudo começou o pensamento era de que a doença estava distante e apenas sofriam as pessoas que estavam do outro lado do mundo. O tempo foi passando e a doença se espalhando por países que estavam mais perto, e de repente sem que se esperasse, um padecimento batia à nossa porta. Tornou-se obrigatório o que ninguém esperava ou imaginava: perdemos o direito de ir e vir. Foi obrigatório para todos ficarem confinados em casa e qual o significado disto? Como enfrentar o medo que bate à nossa porta?

Como psicóloga, não posso deixar de trazer uma reflexão sobre a situação na qual estamos vivenciando.

Cristina Scarpelli é conceituada Psicóloga Clínica, reside em Três Pontas e integra a equipe “Reabilitação Ideal”

Sabe-se que todo ser humano é dual, o que é isso? Tem dois lados, um lado bom e um lado sombrio. No que tem de bom deixa aparecer o que lhe é mais belo e genuíno, em compensação através de seu lado sombrio traz para o mundo o que tem de mais devastador. Nesse sentido pode-se perguntar como cada um tem se comportado diante desse mundo e de si mesmo? Somos obrigados nos perguntar como chegamos a esse lugar? O que precisamos aprender para melhorar nosso comportamento no mundo que estamos vivendo? Podemos, assim, fazermos uma avaliação sobre o que estamos realmente valorizando em nossa vida, ou seja, questionar nossos valores.

Pela primeira vez estamos questionando sobre a saúde mental. Cuidamos da nossa aparência grande parte do tempo, o que é também importante, mas estamos sempre nos esquecendo de que o que nos traz vida é nossa mente, ela comanda tudo o que vamos viver e experienciar. Distraímo-nos com tudo o que aparece em nossa vida e de repente nos encontramos limitados pelas paredes. As distrações sumiram, nosso comportamento terá que nos levar à sobrevivência. O medo que estava escondido aparece e temos que lidar com ele frente à frente, cada um à sua maneira vai se conduzir, já não vem mais de fora, o que for escolhido não vai mais aparecer para os outros, teremos que tomar nossas decisões por nossa própria consciência.

Falando sobre o medo: é estrutural, todo ser humano tem medo – o que varia é a forma como cada um lida e sente ele. Na situação que estamos passando, mesmo que a convivência seja entre família, achamos que conhecemos bem quem está do nosso lado, mas a realidade é que não sabemos como aquela pessoa vive seu medo. Portanto, precisamos respeitar o limite de cada um, cuidando do próprio humor.

Não temos a certeza de quanto tempo vamos ficar dentro de casa, na primeira semana as coisas vão bem, mas nos próximos dias que virão pode acontecer do nosso humor nos trair, aí temos que estar atentos para não passar para o outro uma irritação, um desabafo mal feito ou mesmo colocar para fora uma raiva que estava guardada, não é hora para isso.

Temos que manter o pensamento positivo, buscar atividades que nos elevam, tais como: a leitura de um bom livro que estava guardado, assistir a um filme que lhe agrada e usufrua o que a internet pode lhe proporcionar de melhor, mantenha a mente ativa. Cuide-se, faça exercícios, preocupe-se em ingerir alimentos mais saudáveis, cada um cuidando de si automaticamente vai ter alegria em cuidar do outro, proporcione em sua casa momentos de paz e harmonia.


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