Política em Três Pontas

Eleições 2014 – Dilma segue rumo ao segundo mandato após Eleição mais acirrada dos últimos 25 anos

Dilma Um

(Foto: wporfirio.wordpress.com)

Ao todo 142.822.046 brasileiros estavam aptos a votar neste domingo (26). E a maioria cumpriu o dever e o direito democrático no pleito mais acirrado dos últimos 25 anos, da recente história da política brasileira. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que concluiu a apuração das 428.894 seções nacionais por volta da uma hora da manhã desta segunda-feira (27), 112.683.879 cidadãos compareceram às urnas, o que corresponde a 78,9% do eleitorado. 

A abstenção fechou em  30.137.479 ou 21,10%. Os votos em branco somaram 1.921.819 (1,71%) e os nulos 5.219.787 (4,63%). Dos votos válidos (105.542.273 ou 93,66%) 54.501.118 foram depositados em nome de Dilma Rouseff (51,64%) e os outros 51.041.155 votos foram direcionados a Aécio Neves (48,36%), portanto, a diferença foi de aproximadamente 3 milhões de votos a favor da primeira mulher eleita e reeleita Presidente do Brasil.

O discurso 

Em Brasília, Dilma Rouseff, ao lado do vice-presidente Michel Temer e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, discursou às 21h33min. A candidata reeleita agradeceu a confiança do povo e aos apoiadores.

Em seguida, conclamou os brasileiros para que se unam em favor do País, afastando a ideia de que as Eleições tenham dividido a Nação. “Nas democracias maduras, união não significa unidade de ideias, mas abertura e disposição para diálogo. Essa Presidente aqui está disposta ao diálogo e é esse o meu primeiro compromisso do segundo mandato, diálogo, para encontrarmos as soluções mais rápidas para os nossos problemas”, disse.  

Dilma falou ainda que pretende ser uma Presidenta melhor do que foi até agora. Sob gritos de “coração valente”, afirmou que as grandes mudanças que a sociedade brasileira exige acontecerão dentro do seu alcance. “A minha disposição é liderar da forma mais pacífica e democrática esse momento transformador”. 

A trajetória  

Filha do poeta e empresário búlgaro Pétar Russév (naturalizado no Brasil como Pedro Rousseff) e da professora brasileira Dilma Jane Silva, Dilma Vana Rouseff nasceu em 14 de dezembro de 1947 em Belo Horizonte, Minas Gerais.

De família de classe média, estudou no tradicional Colégio Sion, de orientação católica. Em 1964, enquanto estudava no Colégio Estadual Central (hoje Escola Estadual Governador Milton Campos), começou a militar na Polop (Organização Revolucionária Marxista – Política Operária). No mesmo ano, ocorreu o golpe militar; já em 1967, casou-se com o jornalista Cláudio Galeno Linhares.

Depois da Polop, ingressou na Colina (Comando de Libertação Nacional), movimento adepto da luta armada. Em 1969, começou a viver na clandestinidade e foi obrigada a abandonar o curso de economia na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), que havia iniciado dois anos antes.

Pouco depois, separou-se de Galeno e começou a morar em Porto Alegre (RS) com o advogado e militante de esquerda Carlos Araújo, que depois viria a ser deputado estadual. Com ele, Dilma teve sua única filha, Paula Rousseff Araújo.

Em julho de 1969, Colina e VPR (Vanguarda Popular Revolucionária) se uniram, criando a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares). Apesar de ter recebido treinamento de guerrilha, Dilma nega ter participado de ações armadas; enquanto esteve na clandestinidade, usou vários codinomes, como Estela, Luíza, Maria Lúcia, Marina, Patrícia e Wanda. 

Em janeiro de 1970, foi presa em São Paulo e ficou detida na Oban (Operação Bandeirantes), onde foi torturada. No total, foi condenada a 6 anos e 1 mês de prisão, além ter os direitos políticos cassados por dez anos. No entanto, conseguiu redução da pena junto ao STM (Superior Tribunal Militar) e saiu da prisão no final de 1972.

Depois de ter morado em São Paulo e Rio de Janeiro, Dilma se estabeleceu em Porto Alegre, onde começou a trabalhar, em 1975, na FEE (Fundação de Economia e Estatística), órgão do governo gaúcho. Dois anos depois, formou-se em Economia pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), sendo demitida da FEE após ter seu nome incluído em uma lista de “subversivos”.

Nas décadas de 1980 e 1990, atuou no governo do Rio Grande do Sul, nas secretárias da Fazenda e de Energia, Minas e Comunicações e nos governos de Alceu Collares (PDT) e Olívio Dutra (PT). Em 1989, fez campanha para Leonel Brizola (PDT), candidato a presidente; no segundo turno, apoiou Lula (PT). Desfiliou-se do PDT em 2001, quando entrou no PT.

Em 2003, assumiu o cargo de Ministra de Minas e Energia do governo Lula. Dilma defendia um modelo que não concentrasse todo o setor nas mãos do Estado, ao mesmo tempo em que o governo buscava se aproximar do mercado. A interlocução com o capital e o comando do programa Luz para Todos foram decisivos para que Dilma se tornasse, em 2005, ministra-chefe da Casa Civil no lugar de José Dirceu.

À frente de ambos os ministérios, tornou-se conhecida por ter um perfil tido como centralizador e técnico, bem como por suas fortes cobranças a ministros e assessores. Em sua gestão, também ganhou popularidade ao ser indicada pelo presidente Lula como gestora do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Dilma e Lula

Dilma e seu mais expressivo apoiador, o ex-presidente da República, “Lula” (Foto:forumzn.com)

No início de 2009, foi acometida por um câncer no sistema linfático e submetida a tratamento; a ex-ministra foi considerada curada por sua equipe médica em setembro do ano passado.

Depois de uma campanha eleitoral que se estendeu ao segundo turno, é eleita, em outubro de 2010, a primeira mulher presidente do Brasil. (Fonte: eleicoes.uol.com.br)

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