Milton Nascimento, um dos maiores ícones da Música Popular Brasileira, faz aniversário e recebe os parabéns de colegas artistas e de muitos fãs
Por Mariana Tiso (Estagiária)
Bituca completou, nesta segunda-feira (26), 70 anos de idade com mais de 50 deles de carreira. O Sintonizeaqui separou quem esteve presente nas homenagens de aniversário de Milton. Gilberto Gil escreveu: “Hoje é aniversário do grande amigo Milton “Bituca” Nascimento! Parabéns”, Vanessa da Mata deixou o recado: “Não é todo dia que nasce uma voz capaz de mexer tão profundamente com os nossos sentimentos e significados”. Caetano Veloso também postou uma foto e igualou Milton a um orixá da música brasileira. Outros artistas e páginas demonstraram o carinho e respeito ao mestre da MPB. Além dos famosos, fãs e conterrâneos também separaram muitas fotos e textos que durante todo o dia de ontem emocionaram e lotaram a “timeline” de toda gente do Brasil e de Três Pontas.
Milton do Nascimento nasceu em 26 de outubro de 1942 em uma comunidade da Tijuca, no Rio de Janeiro. Filho da empregada doméstica Maria do Carmo do Nascimento, que fora abandonada grávida por seu primeiro namorado. Após os patrões descobrirem a gestação, demitiram-na. Maria do Carmo registrou o filho como mãe solteira. Mesmo muito pobre, tentou criar Milton, com ajuda de sua mãe, uma pobre viúva, também empregada doméstica, mas, ainda muito jovem, entrou em depressão e veio a falecer de tuberculose antes de Milton completar dois anos. Milton ficou entregue aos cuidados da avó.
Uma das duas filhas do casal para o qual sua avó trabalhava, a professora de música Lília Silva Campos, era recém-casada e não estava conseguindo engravidar. Imediatamente, Lília apegou-se a Milton e propôs adotá-lo. A avó concordou, desde que o trouxessem para ela vê-lo algumas vezes e não tirassem o nome da sua mãe do registro. O casal concordou e Milton foi então adotado por Lília e seu marido Josino Campos, dono de uma estação de rádio. A família mudou-se para Três Pontas, em Minas Gerais. Por alguns anos ele foi filho único. Mesmo fazendo tratamento, Lília não engravidava. O casal, então, passou a visitar orfanatos e adotou um menino e, poucos anos depois, uma menina. O casal só teve uma filha biológica, alguns anos depois. Milton sempre soube ser adotado, assim como seus irmãos.
Foi apelidado de “Bituca” ainda criança, por fazer um bico quando estava contrariado, numa referência aos índios botocudos. Milton começou a gostar de música por influência da mãe. Aos quatro anos, ganhou uma sanfona de dois baixos e, desde cedo, explorou sua voz. Aos 13 anos, era crooner ao lado do amigo Wagner Tiso em um conjunto de baile de Três Pontas.
Morou em diversas cidades do país na casa de amigos compositores, em busca de uma chance. Fez muitas amizades com pessoas que hoje são famosas e que começaram junto com ele, cantando em bares e vivendo de gorjetas. Antes de se aventurar na música, Milton era escriturário em um escritório de Belo Horizonte e foi convencido pelos amigos de infância a largar tudo por seu sonho de cantar. Junto deles, escrevera diversas letras e viajou pelo Brasil, de carona pelas estradas, até pegou carona em bicicleta, se apresentando em festivais. Foi amigo inclusive da presidente do Brasil Dilma Rousseff e de seu ex-marido, Galeno. Juntos, Milton, seus amigos e eles iam a bares e shows em Belo Horizonte. Por alguns anos teve problemas com o vício em bebida alcoólica, mas conseguiu se curar em pouco tempo.
Apelidado “Bituca”, é cantor e compositor brasileiro, reconhecido mundialmente como um dos mais influentes e talentosos cantores e compositores da Música Popular Brasileira.
Mineiro de coração, tornou-se conhecido nacionalmente, quando a canção “Travessia”, composta por ele e Fernando Brant, em 1998, ganhou o Grammy de Best World Music Album in 1997. Até agora, Milton Nascimento já gravou 34 álbuns. Cantou com dúzias de outros artistas.
(Fonte: Página Oficial de Milton Nascimento: http://www.miltonnascimento.com.br/site/)