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Trespontanos participam de Mostra de Música Sul-Mineira, no Palácio das Artes

O Palácio das Artes recebe nesta quarta-feira (18), o “Vozes do Interior – I Mostra de Música Sul-Mineira em Belo Horizonte”. O projeto, que acontece na sala Juvenal Dias, traz artistas de diferentes gerações e linguagens, compondo um panorama da produção autoral da região, conhecida por sua riqueza harmônica com influências diversas.

Dentre as atrações estão: Wolf Borges e Jucilene Buosi (Poços de Caldas), Raimundo Andrade (Varginha), Casquideo e Tutuca (Alfenas), Ismael Tiso e Clayton Prósperi (Três Pontas), Rafael Toledo (Pouso Alegre) e Omar Pontes (Itajubá), contando com participação especial de Sérgio Santos, renomado artista mineiro nascido em Varginha.

Documentário e programação paralela

Os shows serão precedidos por exibição de “Falsete” (2016), dirigido por Rodrigo Infante, primeiro documentário sobre a música do Sul de Minas, com saborosos bate-papos conduzidos pela cantora Jucilene Buosi, investigando vida, obra e influências de artistas da região, alguns deles presentes no espetáculo “Vozes do Interior”. Outros já saudosos entrevistados no filme, como Fernando Brant, nascido em Caldas, no que talvez seja seu último depoimento. O evento começa às 18 horas e as apresentações dos artistas às 20 horas.

A invasão sul-mineira à capital ainda contará com apresentações em casas noturnas da cidade que abrigam a boa música mineira, como o Museu Clube da Esquina – onde as apresentações serão pontuadas por canções do movimento musical -, no dia 19 de outubro (quinta), e no Bistrô InCanto, no dia 20 (sexta), charmoso quintal musical localizado no bairro Sagrada Família.

O projeto conta com patrocínio da Cemig, Codemig e Governo de Minas Gerais.

Sul de Minas e a cena contemporânea

Compasso Lunnar (Foto: Divulgação)

A região sul do estado possui uma rica tradição musical, gestada pela forte influência da cultura popular nas cidades interioranas, assim como por movimentos e artistas de renome nacional e internacional oriundos do sul, como Milton Nascimento e Wagner Tiso (Três Pontas). A marca do Clube da Esquina é clara no trabalho autoral de convidados da mostra como o pianista Clayton Prósperi, o violonista Ismael Tiso e o cantor e baixista Tutuca (integrantes do grupo Compasso Lunnar). Elementos do congado e reisado, por sua vez, atravessam a música de Raimundo Andrade. A cena contemporânea da região, no entanto, mostra-se difícil de rotulações, num caldeirão musical que absorve influências da MPB, do jazz e pop, traduzidas na inventividade e refinamento de compositores como Wolf Borges, Omar Fontes, Rafael Toledo e Casquídeo, além do viés erudito da cantora Jucilene Buosi.

Com duas diferentes gerações e perfis que vão do estudo acadêmico e docência em conservatórios à vivência intensa da música em diferentes espaços, o espetáculo “Vozes do Interior” apresenta artistas cujas trajetórias se cruzam em parcerias, projetos comuns, prêmios em festivais e, sobretudo, fortes amizades construídas em torno da paixão pela música e pela poesia. É assim que elementos nacionais e locais, mineiridade, religiosidade, misticismo e experimentalismo musical se confluem na produção destes cantautores que se apresentam no Palácio das Artes. O show ainda terá o privilégio de contar com Sergio Santos, artista natural de Varginha e que ganhou o mundo desde sua aparição na cena nacional na década de 1980.

Serviço

“Vozes do Interior” – Mostra de Música Sul-Mineira e exibição do filme “Falsete”

Quando: 18 de outubro (quarta), 18h (exibição do documentário “Falsete”) e 20h (show)

Onde: Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537 – Centro)

Quanto: R$ 5

Vendas: no local

Vendas online: www.ingressorapido.com.br

Classificação: livre

Lotação: 176 lugares

Mais informações: (31) 3236-7400

Assessoria de Imprensa:  João Marcos Veiga – (31) 9.8788-4534 | joaomarcosveiga@gmail.com

Sobre os artistas

Casquídeo

Luiz Cláudio Ribeiro, o Casquídeo, iniciou-se na música aos 14 anos, tocando em bandas de baile formada por membros da própria família. Na juventude, formou e integrou grupos de destaque em Alfenas e região. Estudou e tocou com o lendário guitarrista Federa. Possui mais de 30 anos de carreira como compositor e instrumentista em projetos em Minas, São Paulo e Rio de Janeiro, com premiações em inúmeros festivais. Excursionou o país com Milton Nascimento na turnê do álbum “E a gente sonhando” (2011), no qual gravou baixo em todas as faixas. É integrante do Quartetto Sentinela, grupo com mais de 10 anos de carreira, com apresentação ao lado de nomes como Tavito e Wagner Tiso em homenagem ao Clube da Esquina. Possui dois discos autorais: “Desenhando com Zip e Del”, no qual estimula a inserção do público infantil nas artes plásticas, e “Abrir Fronteiras”, em que mostra sua versatilidade e apuro como compositor, cantor e instrumentista. Casquídeo é também diretor musical e produtor do Festival Marolo de Ouro em Paraguaçu (MG).

Clayton Prósperi

Pianista, compositor e cantor formado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), é professor de piano, teclado e prática de conjunto nos Conservatórios de Três Pontas e de Varginha. Atuou em duas gestões entre os anos de 2005 a 2008 e 2013 a 2016 como diretor do Conservatório Municipal de Música Heitor Villa Lobos de Três Pontas. Participou e foi premiado em diversos festivais de música em Minas e  São Paulo, como Festival Nacional da Canção (arranjo e composição), e também no I Prêmio Visa em 2003, onde foi semifinalista ao lado de grandes nomes como Dante Ozzeti, Jorge Versílo, Juarez Moreira, Sergio Santos e Simone Guimarães. Atuou junto a grandes nomes como Toninho Horta, Fredera e Milton Nascimento, com o qual participou em shows com o grupo Ãnima Minas em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Participou do programa da rede Globo “Altas Horas” em edição especial de aniversário do apresentador ao lado de Milton Nascimento, com quem também participou do DVD “Pietá” ao lado de Lenine, Elder Costa e músicos trespontanos. Participou tocando acordeon, flauta e piano na gravação do DVD acústico do grupo Tuatha de Danann no Centro Cultural de São Paulo. Integrou a gravação do último disco de estúdio de Milton Nascimento, “E a gente Sonhando” (2011), com participação como instrumentista, vocalista e compositor, tendo sua canção em parceria com Haroldo Júnior “Eu Pescador” gravada na voz de Milton acompanhado de Wagner Tiso. Atualmente integra como músico e compositor o grupo sul-mineiro Compasso Lunnar, cujo clipe da canção “Molhou”, de sua autoria, tendo sido exibido na França e Bélgica.

Ismael Tiso

Ismael Tiso (31) é compositor e multi-instrumentista natural da cidade de Três Pontas (MG), onde começou aos seis anos de idade os estudos musicais no Conservatório Municipal Heitor Villa Lobos. De família que carrega a música como sua cultura mais notória, todos os sons foram de fácil e bom acesso, não demorando dessa forma para que tivesse a certeza de que a música seria algo da maior relevância em sua vida. Aos 15 anos estreou profissionalmente na primeira formação da banda “Ummagumma – The Brazilian Pink Floyd Cover”. Aos 18 ingressou no curso de música da Universidade Vale do Rio Verde – Unincor em 2004, mesmo ano em que gravou no DVD Pietá de Milton Nascimento a faixa bônus “Paciência”, com a participação do compositor Lenine. Iniciavam-se então trabalhos com gravações e shows por todo Brasil acompanhando Milton, jornada que teve como seu ponto mais alto a gravação de uma das canções do jovem compositor (“Do samba, do jazz, do menino e do bueiro”) no álbum “… E a gente sonhando”, lançado em 2010 pelo ilustre conterrâneo e padrinho musical. Ainda ao lado de Milton, se apresentou nos programas de TV “Jô Soares” e “Altas Horas”, da TV Globo. Em 2016 Ismael marca sua estreia como compositor lançando o primeiro disco solo, “Ventos do Sul,” apresentando canções com harmonias rebuscadas e melodias sinuosas que remetem às paisagens sul-mineiras. Com influências múltiplas do barroco ao impressionismo, do jazz ao Clube da Esquina, imprimiu uma sonoridade distinta e original, sendo responsável por toda a produção artística e musical do trabalho. Desde 2016 integra o grupo Compasso Lunnar.

Jucilene Buosi

Jucilene Buosi é cantora, atriz, produtora cultural e orientadora vocal. Lançará em 2017 o quarto álbum musical, “Outra Cidade”, primeiro dedicado à interpretação de canções consagradas que vão da seresta ao tango. Em 2016 lançou  “Falsete – o que é de Naturetat, negare pot!”, primeiro documentário de longa-metragem sobre a música do Sul de Minas contada através de seus personagens – compositores sul-mineiros – com entrevistas, histórias e clipes de canções inéditas, sob direção de Rodrigo Infante. Em 2012 lançou seu segundo álbum-solo, “Um retrato”, também uma imersão no cenário musical de sua região. Em 2007, gravou a trilha sonora da ópera-rock “1984, uma leitura musical”, baseado na obra de George Orwell – encenada em diversas universidades e palcos brasileiros, obra composta por Wolf Borges e com direção cênica de Tuca Pinheiro. Foi premiada no Projeto Rumos (Fundação Itaú Cultural, SP, 2011). Premiada no projeto Cantoras Daqui (BDMG Cultural, BH, 2009), semifinalista do Concurso Internacional de Canto Lírico Bidu Sayão (Belém/PA, 2006), tendo participado do projeto Música Independente, transmitido pela Rádio Inconfidência e Rede Minas (no Palácio das Artes/BH, 2005). Intérprete de performance eclética, participa de shows, recitais líricos e Oficinas de Ensino de Canto e Voz.

Omar Fontes

Omar Fontes conta com mais de 20 anos de carreira, atuando como produtor musical, pianista, arranjador e professor. Regente de coro e orquestra, é formado em Composição pela Unicamp, especializado em harmonia e arranjo com o professor e arranjador Cláudio Leal, de São Paulo. Figura conhecida no Sul de Minas, Oeste Paulista, Rio de Janeiro, Vale do Paraíba e São Paulo, tem trabalhos recorrentes com artistas como Elder Costa, Wolf Borges, Claudio Nucci, Jucilene Buosi, Torquarto Mariano, Rafael Toledo, Michele Leal, Grupo Telhado, Ravi Kefi, Toninho Horta, Ceumar, Arthur Maia, entre outros. Omar ainda atua na produção de vídeos promocionais e campanhas publicitárias, tendo composto trilhas para inúmeros espetáculos teatrais, como a comédia musical “Curso de Porte e Postura” – que completou 21 anos de apresentações por todo o Brasil. Em 2014 lançou juntamente com o músico Marcelo Machado Fernandes o CD “Sul das Gerais”, instrumental gravado nos Estados Unidos e que vem fazendo turnê pelo Brasil desde então. Em 2015 participou do lançamento de mais dois álbuns: “Olhai os Líricos dos Cantos”, projeto em parceria com o poeta Gildes Bezerra de Itajubá – MG, do qual é responsável por toda criação musical, conta com a participação de diversos artistas, como Gustavo Carvalho e João Lúcio. Por sua vez, no trabalho “É hora de ir te ver”, da cantora Ana Cláudia, de Pouso Alegre – MG, atua como produtor musical. Omar integra ainda o elenco musical da peça “O Eterno aprendiz eterno”, sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga Júnior (Gonzaguinha), em turnê por vários cidades do Brasil.

Rafael Toledo

Cantor, compositor, instrumentista, arranjador e produtor musical, iniciou-se na música cedo, tocando em festivais com grupos e artistas do Sul de Minas. Em 1989 entrou para o Grupo Telhado de Itajubá-MG, que chegou a se apresentar ao lado de Lô Borges e Toninho Horta, entre outros. No início dos anos 90 acompanhou a cantora Ceumar e Tata Figueiredo e, no final da mesma década, fez parte da banda da cantora Márcia Salomon, lançada por Roberto Menescal. Em 1993 mudou-se para Pouso Alegre-MG, iniciando carreira solo em 1994, com a gravação em 1997 de CD Single. Em 1999 compôs e produziu o CD “Gente Pequena Também se Expressa”, projeto pioneiro no Brasil de gravação de poemas coletivos de alunos com idade de 3 a 12 anos do Colégio João Paulo II de Pouso Alegre. Em 2000 conquistou o Prêmio de Melhor Arranjo no Fest-Belô com a música “Boca de Forno” de Wolf Borges, também incluída no Projeto Itaú Cultural. Em 2001 lançou seu primeiro CD solo, “Climas”, apresentando composições próprias com forte acento pop, contando com a participação do amigo Wilson Sideral. Em 2002 foi indicado para o 5º Prêmio VISA MPB Vocal entre os 24 melhores intérpretes do Brasil. Participou de vários trabalhos de músicos e amigos, entre eles o CD Singular, de Wolf Borges, tendo canções de sua autoria recorrentemente interpretadas em outros trabalhos, como em discos de Geraldo Jr., Rô e Coral Cantinho da Boca – neste também participando como músico e arranjador. Compôs a trilha do Filme “Cachorrinho sem Dono” do cineasta Renato Lepch, premiado na Mostra Nacional de Cinema Infantil de 2006 em Florianópolis como melhor filme. Lançou em 2011 o álbum “Música Brasileira”, contando com participações especiais diversas, como do percussionista sueco Sebastian Notini e da cantora Márcia Salomon. É Diretor Musical do espetáculo “O Eterno Aprendiz Eterno” uma versão poética da vida e da obra de Gonzaguinha, com turnê nacional por todo o país desde 2013. Há alguns anos vem musicando poemas de Leide Moreira, interpretadas ao lado de Elder Costa. Em 2016 montou com Omar Fontes Jr, Paulo Tutuca, Bruna Moraes e Peter Mesquita o grupo Melissa e os Jacarandás. Atualmente vem compondo e arranjando duas novas trilhas para animações do cineasta Renato Lepsch. Rafael mostra que seu talento é fruto de muitas influências, desde o piano clássico, que ecoava pela casa na infância, até as mais belas obras da música contemporânea. É um artista com personalidade própria.

Raimundo Andrade

Sua formação e carreira tiveram início quando ainda morava em Pouso Alegre – MG. Na juventude foi aluno de Inezita Barroso, que ministrava aulas de folclore no Conservatório Estadual de Música JK. Raimundo Andrade também participou do grupo Imbuia, que durante a década de 90 fez vários shows na região Sul de Minas apresentando repertório composto por músicas de raiz. Seu primeiro CD, “Bumbeiro de Congada”, traz músicas de vários estilos e também conta com a participação do Terno de Congada N. S. do Rosário, da cidade de Silvianópolis – MG. Como o amadurecimento musical, ganhou reconhecimento e destaque, recebendo convites para abrir shows de artistas como Almir Sater, Renato Teixeira, Zé Geraldo, Pena Branca e Daniel. Em 2003, participou do Festival Viola de todos os cantos, da EPTV/Globo, conquistando o 2º lugar com a música “Tatu e lua” e, no ano seguinte, ficando em 3º lugar com a música “Benedito”. Por sua vez, música “Zóio d’Água” conquistou o 1º lugar em vários festivais: Viola de todos os cantos (EPTV/Globo – 2010), Festival Nacional da Canção (FENAC – 2005) e Festival do Marolo (Paraguaçu – 2015). Atendendo ao convite da EPTV/Globo compôs a música “Mar de Minas”, que serviu de tema de abertura para documentário sobre o Lago de Furnas. Em 2004 foi convidado a participar do Festival IBM, que reuniu em Belo Horizonte os 13 vencedores dos festivais de mais destaque no país. Ainda em 2004 participou do Fórum Cultural Mundial no Parque Anhembi em São Paulo, acompanhado pelo Terno de Congo Nossa Senhora do Carmo de Poços de Caldas – MG. Em 2009 gravou com o Grupo Imbuia o DVD, no qual registram a história musical que marcou época na cultura de Pouso Alegre, com lançamento em grande show em 2010. Em 2011 participou dos programas Caminhos da Roça (EPTV/Globo) e Sr. Brasil (TV Cultura / SP). Raimundo Andrade traz consigo o canto do povo e a marca das festas regionais do sul de Minas Gerais. De forma generosa, devolve ao povo sólidos valores culturais envoltos de muita beleza e encantamento, através de sua música eclética, que contém modernidade e dinamismo.

Sergio Santos

Em 1982 Sergio Santos ainda não sabia se queria ser músico profissional, mas aceitou o convite para participar da “Missa dos Quilombos”, espetáculo de Milton Nascimento. Em 1983 participa da gravação do LP que registrou o espetáculo. Em 1991 conhece Paulo César Pinheiro, que vem a se tornar o seu grande parceiro. Com ele compõe mais de 200 músicas, obra cantada por artistas como Leila Pinheiro, Alcione, Fátima Guedes, Lenine, Joyce, Dori Caymmi, Francis Hime, Olívia Hime e Milton Nascimento. Em 1995 lança o CD “Aboio”, indicado para o 9º Prêmio Sharp e distribuído pela Europa e Japão. Em 1998 percorre oito capitais espanholas e lança “Mulato”, simultaneamente no Brasil, EUA, Espanha e Alemanha. Em 1999 apresenta-se em Los Angeles, no Hollywood Bowl e em São Francisco, no Herbst Theater. Em 2000 participa da Sinfonia do Rio de Janeiro, de Francis Hime. Em 2002, já na gravadora Biscoito Fino, lança o CD Áfrico, com participações do Grupo Uakti, Joyce e Lenine, com o qual recebeu o Prêmio Rival-BR. Em 2003 é agraciado com o Troféu Pró-Música, em BH, e é o segundo colocado no Prêmio Visa, em SP. Em 2004 vem o quarto CD, “Sergio Santos”, com participações de Francis Hime e Leila Pinheiro. Participou do Projeto Pixinguinha junto com Joyce, em 2005. Em 2007 chega “Iô sô”, inspirado no congado, com participações de Joyce e Dori Caymmi. Seis grandes shows na Argentina, no Uruguai e na Itália marcam o ano de 2008. “Litoral e Interior” é o sexto CD, lançado em 2010. Em 2011 o Japão conhece seu talento em turnê ao lado de Joyce. Em 2012, uma trinca de azes se junta no festejado CD “Triz” – Sergio Santos, Chico Pinheiro e André Mehmari – um sucesso com turnês pelo Brasil e exterior. 2013 traz “Rimanceiro”, um álbum totalmente acústico, dois violões e voz, que celebra a parceria de 20 anos com Paulo César Pinheiro.

Tutuca

Paulo Francisco, o Tutuca, iniciou sua formação musical no próprio ambiente familiar. Filho do lendário guitarrista Frederah, sobrinho de Wagner Tiso e afilhado de Milton Nascimento, o cantor e baixista sul-mineiro carrega a nítida influência desses artistas que compuseram importantes páginas da história da Música Popular Brasileira. Desde 2005 é músico profissional, integrando diversos projetos nos quais é líder, como o Quartetto Sentinela – grupo de Alfenas com mais de 10 anos de estrada – e o Compasso Lunnar, formado por expoentes instrumentistas e cantores de Três Pontas. É também artista convidado no projeto Melissa e os Jacarandás, com Omar Fontes e Bruna Moraes, e no musical “O eterno aprendiz eterno” – sobre vida e obra de Gonzaguinha, com o qual fez turnê nacional entre 2012 e 2016 -, grupo Änima Minas de Três Pontas e projeto “Herança”, com Rodrigo Borges, Gabriel Guedes e Daniel Jobim. Foi convidado de Milton Nascimento para gravação e turnê nacional do álbum “E a gente sonhando”, que concorreu ao Grammy Latino de 2011. Foi convidado de Toninho Horta para o show “As cores do Clube da Esquina”, que reuniu integrantes do movimento e nova geração em 2014.

Wolf Borges

Wolf Borges é compositor, cantor e produtor cultural. Músico autodidata, forjou ao longo de 35 anos de carreira uma experiência que o coloca entre os grandes realizadores de projetos de arte e cultura na região sul-mineira. Destaca-se pela direção, produção artística e executiva na realização de mais de 50 projetos musicais, incluindo experiência em roteiro, direção, planejamento e gestão, como exemplo, o projeto Composição Ferroviária, que há quatro anos leva shows de ícones da MPB para realização de shows públicos e gratuitos na Estação Ferroviária em Poços de Caldas. Tem em sua trajetória premiações diversas por seu trabalho – como sua inclusão em duas edições do projeto Rumos, da Fundação Itaú Cultural – e quatro CDs autorais independentes. Foi assim desde seu primeiro trabalho, “Ímpar” (1997), produzido ao lado do parceiro de composição Elder Costa e com produção de Marco Lobo (também percussionista do trabalho). Sucesso na crítica especializada, o CD abriu as portas para outras produções ainda mais exigentes, como “Singular” (2003), com a participação de nomes como Leila Pinheiro, Cláudio Nucci, Paulinho Pedra Azul, Juarez Moreira e Ivan Vilela, que também dividiram palco com o artista em shows pelo Brasil. Em 2009 veio “Circo dos Sonhos”, outro sucesso que abriu portas para o trabalho de Wolf em rádios no exterior e com participações especiais de Toninho Horta, Fátima Guedes e Toninho Ferragutti. Inquieto e criativo, resolveu ainda misturar a sonoridade da música brasileira, sobretudo no que diz respeito às harmonias sofisticadas das Minas Gerais, com a sonoridade da música norte-americana – rifs e grooves que povoaram sua formação musical. Assim nasceu em 2012, com um casting de mais de 30 músicos que emprestaram seu talento para dar corpo à experiência quase científica de Wolf, o álbum “Pão de Queijo Music Project”. Lança em 2017 o primeiro álbum dedicado à performance, “Outra Saudade”, com canções de caráter seresteiro e a canção autoral que dá nome ao novo disco. Destaca-se ainda com direções artísticas e composições nos álbuns da cantora sul-mineira Jucilene Buosi (“1984”, “Um retrato” e “Falsete”), assim como produção e roteiro em “Falsete”, documentário sobre a música do sul de Minas. Wolf Borges ainda atuou no resgate da história do grupo Imbuia, com a produção do DVD “Imbuia ao vivo”.

Músicos acompanhantes

Deivid Santos

O multi-instrumentista, compositor, arranjador e produtor começou a tocar profissionalmente em 1990. Estudou guitarra e violão pelo Conservatório Musical de Pouso alegre/MG. Em  2004 formou-se em  Bacharel em  Guitarra  pela  Faculdade  de  Música  Carlos  Gomes/ SP. Foi aluno de Hélio Delmiro, Fernando Corrêa, Fernando Pacheco e Fernando Pereira. Em 2002 fez alguns  shows em Portugal  mostrando  sua versatilidade  como  pianista, guitarrista e baixista. Já esteve ao lado de Toninho Horta, Juarez  Moreira, Wilson  Sideral,  Sérgio Reis, Fafá  de  Belém, Tinoco, Pena  Branca, Jackson  Antunes, Elba  Ramalho, Sandro  Haick,  Elimar Santos, Zé  Eduardo  Nazário,  Leila  Pinheiro,  Claudio Nucci, Fátima  Guedes, Ziza  Fernandes, Martin Valverde. Foi produtor musical e pianista do disco  “Mulher” do grupo  “As  Bahias  e  a  Cozinha Mineira”. Foi  produtor  musical, arranjador  e  violonista  do  filme “Falsete”, onde  também  fez toda  parte  de  captação,  edição  e  mixagem  de  áudio. Foi produtor  musical  e  músico  dos  trabalhos  de  Leila  Rosa – “Recomeço” e Anderson Martins  – “Girando”. Participou  como  guitarrista  e  violonista  da  gravação dos  DVDs  do  grupo “Arautos  do Rei  –  Vale  a  pena  esperar”  e  do  cantor “Daniel Ludke – Salmos”. Com “TioJazz”, trio  de  música  instrumental, participou de vários  festivais  de  jazz  e blues do país. Deivid  Santos  trabalha  como  freelance  e  participa  de  gravações  de  Cds  e  DVDs. Atualmente  é  dono  do  Estúdio  de  Gravação  “DS  Estúdio”  e  professor  do Conservatório Musical Antônio  Ferruci Viviani de Poços de Caldas/MG.

Eduardo Sueitt

Natural de Espírito Santo do Pinhal, foi na pequena cidade de Santo Antônio do Jardim, situada no interior de São Paulo, que o baterista se criou, fincou suas raízes e deu início à sua história musical. Aos 14 anos iniciou seus estudos de bateria, buscando orientação com músicos da região e em pouco tempo passou a tocar profissionalmente em algumas bandas de baile e duplas sertanejas, se apresentando em muitas cidades do interior. Anos mais tarde, teve seu primeiro contato com a música instrumental brasileira e o jazz ao ingressar no Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, onde teve a oportunidade de se aperfeiçoar com grandes nomes da música como Egberto Gismonti e Heraldo do Monte,  entre outros.  Em 2006 mudou-se para São Paulo com objetivo de buscar novos desafios e diferentes caminhos, ingressando na Faculdade de Música Carlos Gomes, onde graduou-se nos cursos de Bacharelado em Bateria e Licenciatura Plena em Música. Durante este processo de formação, os laços se expandiram e o músico começou a se apresentar em casas de shows e teatros na capital paulista, dividindo palcos e gravações com Agnaldo Rayol, Joanna, Renato Braz, Celso Lago, Manolo Otero, Ivânia Catarina, Paulinho Pedra Azul, Zé Alexandre, André Marques, Heraldo do Monte e Alessandro Penezzi, Fabio Gouvea. Eduardo pós graduou-se em Música Brasileira e Educação Musical pela Universidade Vale do Rio Verde (Unincor), e atualmente é mestrando em Música pela Unicamp. Já teve oportunidade de excursionar mostrando seu trabalho como baterista em alguns países como Uruguai, Argentina, Espanha, Portugal, França, México, Jamaica, Marrocos e Gibraltar, Chile. É professor de bateria do Conservatório Municipal de Poços de Caldas desde 2014 e integra o naipe de percussão da Orquestra Jazz Sinfônica de São João da Boa Vista. Recentemente lançou seu primeiro disco solo intitulado “Enlevo dos Pinhais”. Participou do XVI Prêmio BDMG Instrumental, integrando o grupo do bandolinista e compositor Marcos Ruffato, e em 2017 se consagrou como um dos vencedores do XVII Prêmio BDMG Instrumental dividindo o palco com os músicos Paulio Celé (guitarra), Sá Reston (baixo), Bernardo Fabris (sax e flauta) e Dô de Carvalho (sax e flauta). Eduardo Sueitt é uma das novas revelações da bateria brasileira, um músico atento e dedicado que transpõe a barreira de seu instrumento, buscando inspirações mais profundas que o conecta com algo intocável, abstrato, que só materializa-se em combinações harmônicas e melódicas, que resultam em composições cuidadosas.

Sobre o Documentário “Falsete”

Praça Travessia, no Centro de Três Pontas, tendo ao fundo a casa dos pais de Milton Nascimento (Foto: Viaeptv)

“Falsete” (2016) é o primeiro documentário de longa metragem sobre a música do sul de Minas. O documentário é conduzido pela cantora e atriz Jucilene Buosi, que entrevista mais de 15 compositores que falam de vida, obra e ainda de aspectos que levam o ouvinte ao entendimento do que é feita a música sul-mineira. Nos bate-papos surgem questões como a identidade musical sul-mineira, raízes folclóricas, as influências do Clube da Esquina, recursos técnicos (como o falsete) e o desafio de fazer música hoje. Entre os compositores-personagens estão Ivan Vilela, Ceumar, Sergio Santos e Fernando Brant, no que talvez seja seu último depoimento. As locações são as paisagens da região sul-mineira em mais de 10 cidades, como: Poços de Caldas, Maria da Fé, Lambari, Três Pontas, Fama e Itanhandu. O longa-metragem ainda é entremeado por cenas cotidianas da região e 10 clipes de canções. “Falsete” tem a direção de Rodrigo Infante, produção artística de Wolf Borges e áudios de Deivid Santos.

 

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