Turismo Religioso – Workshop reforça potencial de Três Pontas e convoca a cidade para estruturação

Arlene Brito

Público no início do Workshop

Representantes de hotéis, pousadas, bares, restaurantes, agências de viagem e de vários outros segmentos estão reunidos hoje (5) no 1º Workshop Turismo Religioso de Três Pontas. O evento acontece no Auditório da Associação Comercial e Agroindustrial (Acai-TP). É a entidade que encabeça o movimento, com apoio do Sebrae-MG, Prefeitura e Associação Padre Victor.

Pela manhã, a tônica foi mostrar ao público que Três Pontas se difere de inúmeros municípios ao ter um potencial turístico real: Padre Victor, já beatificado e em processo para se tornar o primeiro Santo negro do Brasil. Também ganhou ênfase a necessidade de união de todos os atores: poder público, secretarias, entidades, comerciantes, empreendedores para que a cidade se organize a fim de receber de maneira adequada os turistas aumentando, assim, o número de visitantes, o tempo de permanência na localidade, além de garantir que eles retornem, sempre.  Como consequência, frisaram as lideranças, virão ganhos sociais e econômicos.

Para o representante da Setur, Roberto Maximiro, os trespontanos precisam querer que o projeto aconteça

Para o diretor de Infraestrutura da Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais (Setur), Roberto Maximiro, estruturar para o turismo é um trabalho longo e árduo, mas que gera resultados. Ao abrir o Workshop, ele falou sobre alguns pontos importantes nesta caminhada, tais como promover a acessibilidade para os turistas (idosos, gestantes, deficientes etc.), além da educação como carro chefe na recepção aos visitantes.  Maximiro bateu firme em cima da união. “Todos os atores têm que querer, têm que participar e nada acontece se o empreendedorismo não quiser. É preciso ter um foco conjunto para puxar os ganhos e minimizar as coisas ruins que também serão encontradas”, sinalizou.

O representante da Setur motivou para que os trespontanos discutam a respeito do potencial turístico da cidade e, unidos, se deixem ser conduzidos nesta travessia, destacando que tanto a Secretaria de Estado quanto o Sebrae fornecem profissionais e metodologia para que cada passo seja dado com firmeza, com sustentabilidade.

“… nossa ideia é trabalhar para que as empresas fiquem cada vez mais fortes e possam gerar riqueza para o lugar” (Mônica Alencar – Sebrae/MG)

A analista da pasta de Turismo do Sebrae-MG, Mônica Alencar, comentou que a religiosidade associada ao turismo é um produto interessante para Minas Gerais, já que faz parte da formação do povo mineiro.

De acordo com a analista, para que o turismo aconteça pressupõe uma rede de empresas que vão prestar serviços às pessoas que visitam os destinos, daí a parceria: possibilitar a organização de um ambiente favorável para a realização de negócios.

“Queremos que as empresas que estão nesta cadeia tenham qualidade no atendimento ao turista, bons produtos para serem comercializados, enfim, nossa ideia é trabalhar para que as empresas fiquem cada vez mais fortes e possam gerar riqueza para o lugar: desenvolvimento econômico, empregabilidade. É neste ponto que também queremos trabalhar – o negócio prosperando e a inclusão de pessoas disponíveis no destino”, detalhou.   

“Tem tudo pra dar certo”, incentiva Bruno Dixini – presidente da Acai-TP

“Este é um marco para iniciarmos um belo trabalho em prol de nossa cidade. Temos pessoas e ideias muito boas, mas tudo separado. Se unirmos, cada um com sua parcela de contribuição, teremos um grande projeto e tem tudo para dar certo”, começou o presidente da Acai-TP.

Bruno Dixini Carvalho explicou que o fato da Associação Comercial estar à frente do movimento pelo desenvolvimento do turismo religioso não significa que a meta primordial seja o viés econômico. Segundo ele, promover trabalho, inclusão vem em primeiro lugar. “É preocupante ver que Três Pontas não está estruturada para receber o turismo. Acredito que todos nós devemos buscar melhorias e sem vaidades”.

Agora à tarde, técnicos do Sebrae estão conduzindo alguns debates e, por meio das manifestações, colhendo dados sobre as demandas. A intenção é que o Workshop termine com a elaboração de um mini plano de ação.