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“Vamos parar o Brasil” – Centrais Sindicais organizam Greve Geral para sexta-feira

Oito centrais sindicais do Brasil – que juntas representam mais de 10 milhões de trabalhadores – preparam uma Greve Geral, que deve acontecer nesta sexta-feira, 28 de abril. As paralisações das atividades, os protestos, atos e manifestações são mais um recurso contra a proposta da Reforma da Previdência, contra a Reforma Trabalhista e contra a Lei da Terceirização aprovada na Câmara dos Deputados.

Através da convocação “Vamos parar o Brasil” CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB esperam que a greve nacional seja a maior mobilização da classe trabalhadora e de diversos setores da sociedade dos últimos 30 anos no País. “Os sindicatos estão mobilizando suas bases, aprovando a participação das categorias em assembleia”, diz o Secretário-Geral da CUT em São Paulo, João Cayres.

O sucesso da Greve Geral dependerá, segundo os próprios sindicalistas, de quais categorias irão aderir. A expectativa é que, dentre elas, estejam metalúrgicos, petroleiros, setor de transporte, bancários, trabalhadores da saúde, da educação, do comércio e da construção – enfim, que haja apoio prático principalmente de segmentos que possuem maior capacidade de pressão.

Em reportagem publicada pela “Época”, o Presidente da UGT, Ricardo Patah, afirma que o momento é crítico, principalmente depois da aprovação da urgência para a votação da Reforma Trabalhista sem que haja uma discussão mais profunda sobre o tema” – e continua Patah – “nem na ditadura foram tomadas decisões tão graves como agora.”

Greve Nacional mais expressiva

Greve Geral 1989 (Foto: SindABC)

Nos dias 14 e 15 de março de 1989 aconteceu a mais expressiva Greve Geral (mas não total) no Brasil. Naquele momento, centrais sindicais divulgaram que 35 milhões dos 59 milhões de trabalhadores paralisaram suas atividades, ou seja, 70% da população economicamente ativa da época.

A ação foi contra a política econômica do Plano Verão e pelo congelamento de preços. A manifestação contou com amplo apoio da sociedade civil e, inclusive, de alguns governos que atuavam de forma democrática.

Conforme relata a CUT, “a paralisação expressou de forma inequívoca o repúdio dos trabalhadores e da população à política econômica do governo Sarney”.

A hora agora, defendem as centrais sindicais, é de dizer não às decisões absurdas impostas sobre a população brasileira pelo governo Michel Temer (PMDB).

Minas Gerais

Em Minas Gerais vários setores já deliberaram sobre a adesão à Greve Geral de 28 de abril. Um deles é o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (SindUTE).

A categoria suspendeu a Greve Nacional da Educação iniciada em 15 de março e voltou às atividades segunda-feira passada (17), sob “Estado de Greve” e confirma total apoio à mobilização desta próxima sexta-feira, já que os assuntos que levam ao novo ato fazem parte da pauta de reivindicações também deste Sindicato.

“De costas para o povo, os golpistas atuam sistematicamente para destruir os direitos conquistados no último século, colocando o Estado a serviço dos grandes empresários e do sistema financeiro. Para barrar esse retrocesso, é fundamental dialogar com a imensa maioria da população, politizar as discussões sobre o que está acontecendo no País e pressionar os parlamentares junto a suas bases eleitorais”. Esse é o ponto de da Presidenta da CUT Minas e Coordenadora Geral do SindUTE-MG, Beatriz Cerqueira.

(Fontes: Época, Uol, CUT. Página Inicial: Ilustrativa Net)

 

 

 

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