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Alerta – Estoque de sangue permanece abaixo do necessário na Santa Casa de TP

Jessica Mesquita Silva

Outono/inverno faz cair ainda mais número de doadores, comprometendo atendimento eficaz aos pacientes

O número de doações de sangue tem diminuído na Santa Casa de Três Pontas nesta época do ano. Atualmente, o Hospital não consegue repor a demanda utilizada e fica em “débito” com o banco de sangue da própria instituição.

A queda na quantidade de doações deixa preocupados os que trabalham no setor. De acordo com o técnico de Enfermagem do Hospital São Francisco de Assis, Aislan José Silva Lino, nem todos os que se dispõem a doar comparecem no dia marcado. Ele exemplifica, afirmando que dos 13 voluntários que agendaram coleta ontem (16), apenas cinco cumpriram com o compromisso solidário.

Ainda segundo o funcionário, mensalmente são feitas, em média, 85 transfusões. Por outro lado, o número de doações por mês não passa de 50 bolsas de sangue. “Precisamos muito das doações. Todos os tipos de sangue são bem-vindos”, enfatiza, explicando que um único doador pode salvar até quatro vidas. 

Onde é feita a coleta do sangue?

Conforme Aislan Lino, a coleta do sangue é feita no Hemocentro de Poços de Caldas. Ele diz ainda que as doações ocorrem todas as sextas-feiras ou no primeiro sábado de cada mês, dependendo da demanda.

O horário de saída de Três Pontas é às 6 da manhã. O transporte é disponibilizado pela Prefeitura Municipal e a alimentação pelo Hospital São Francisco de Assis. “Por ser muito cedo, muitos ficam desanimados e deixam de ir, principalmente agora com dias mais frios”, lamenta. 

Como funciona?

No Hemocentro, os doadores devem ter em mãos um documento com foto para se identificar. Além disso, eles conversam com um médico para verificar o estado de saúde. No local, é feita a coleta do sangue e amostras são enviadas para Belo Horizonte para serem testadas. Apenas com o resultado, o sangue colhido é liberado para hospitais.

Aislan Lino conta que não é necessário fazer jejum, apenas se alimentar direito, ingerir muita água e estar descansado. “Em 72 horas, o sangue retirado é reposto pelo próprio organismo”, ressalta.

Critérios para ser um doador

Uma doação pode salvar até quatro vidas

Pessoas a partir de 16 anos podem doar sangue. Conforme informa Aislan Lino, nesses casos, os pais ou responsáveis legais devem autorizar a doação. No Hemocentro, quem é menor de 18 anos deve apresentar a autorização.

Entre 60 e 65 anos, a doação também é permitida, desde que seja comprovado que o interessado tenha doado sangue uma vez na vida.

No caso daqueles que fizeram algum tratamento dentário, tomaram vacina recentemente, fizeram tatuagem ou que colocaram piercing, devem esperar um período para poder doar sangue. “O tempo varia de um caso para outro”, diz Aislan.

Em todas as situações, o doador deve ter mais de 50 kg.

Já quem faz uso de medicamentos controlados, tem anemia ou pressão alta, por exemplo, não pode doar.

Combatendo a queda de doações

A queda no número de doações de sangue pode gerar muitos transtornos para quem necessita, e até mesmo dificultar o atendimento eficiente a pacientes. Para reverter esta situação, o técnico de Enfermagem Aislan conta que a Santa Casa procura auxílio junto às empresas trespontanas e famílias. “O contato é feito por telefone e alguns voluntários se inscrevem para fazer a doação.”

Os interessados em ajudar podem comparecer ao Hospital com um documento de identificação em mãos. Outra opção é informar os dados pessoais e a intenção de entrar para a lista de doadores pelos telefones 3265-9700, 3265-9749 ou 3265-9716.

Estoque

Devido ao prazo de validade das bolsas de sangue que vai de 35 a 45 dias e devido também à irregularidade no número de doações, o estoque geralmente é de 8 bolsas de O+, 4 de O-, 4 de A-, 4 de A+ e 4 de B+, além de AB+ e AB-. 

Segundo o técnico, o O+ e O- são os tipos de sangue mais utilizados. “Sempre que há necessidade, entro em contato com o Hemocentro e um profissional vai buscar.” O grande problema é que também os estoques no Hemocentro costumam cair neste período do ano.

Junho Vermelho

Desde o início do mês monumentos em sete capitais brasileiras ganharam iluminação especial. É a campanha “Junho Vermelho”, que busca estimular a doação de sangue. A iniciativa surgiu em 2011 quando foi lançado, em São Paulo, o movimento “Eu Dou Sangue pelo Brasil”.

“Junho Vermelho”, em apenas três anos depois, foi estendido para todo o País. “Somente quem vive a dificuldade de conseguir sangue sabe a importância das doações. Depois de sentir na pele o que é isso, decidimos disseminar e promover a conscientização para que esse se torne um hábito na vida do brasileiro”, divulga Debi Aronis, uma das idealizadoras da campanha abraçada por instituições dos setores público e privado.

 

 

 

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