Apae de Três Pontas conquista o CER II e passa a atender microrregião em Reabilitação Física e Intelectual/Autismo
Arlene Brito
A sede da Apae de Três Pontas está em obras. Um novo anexo começa a ser construído na Clínica “Dr. Caio de Moura Rangel” para abrigar a novidade: o Centro Especializado em Reabilitação (CER II Físico e Intelectual). No espaço, médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, assistente social e pedagogo atenderão a pessoas de todas as faixas etárias com deficiência intelectual/autismo e deficiência física com alterações neurológicas que incluem doença de Parkinson, Alzheimer e sequelas do Acidente Vascular Cerebral (AVC), além de amputações que demandam a prescrição de Órteses, Próteses e Meios de Mobilidade (OPM’s).
Em março, o Ministério da Saúde (MS) aprovou o pedido protocolado em 2013 pela instituição trespontana para atendimento de Reabilitação Física e Intelectual/Autismo através do programa “Viver Sem Limites”, do Governo Federal. Foram cinco anos lutando pela habilitação, então, a conquista tem sido bastante comemorada. De acordo com a superintendente do CER II – Apae de Três Pontas, Maria Rozilda Gama Reis, o Centro se torna uma referência para a rede de atenção à saúde da pessoa com deficiência. Ela explica que a equipe avalia cada um dos casos e planeja todo o processo de reabilitação. Esta personalização tende gerar resultados cada vez mais satisfatórios quando o assunto é desenvolvimento ou ampliação da capacidade e do desempenho das pessoas que precisarem do CER II, inclusive para obter parcial ou total autonomia.
A superintendente destaca ainda que na reabilitação física, o CER II fornece as bolsas de Colostomia, Urostomia e Iliostomia aos usuários ostomizados, que são aqueles que precisam passar por uma intervenção cirúrgica para fazer no corpo uma abertura ou caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para a saída de fezes ou urina, assim como auxiliar na respiração ou na alimentação.
“Em relação aos neonatos de risco, ou seja, bebês em que as mães passam por qualquer intercorrência na gestação, por exemplo, pressão alta, diabetes, prematuridade, idade materna, o acompanhamento se estende pelo período de 24 meses”, explica Rozilda Gama.
No CER II, o atendimento está sob responsabilidade de profissionais altamente qualificados e é todo de graça, ainda segundo informações dos gestores do próprio Centro. As despesas são bancadas pelo Governo Federal, pelas prefeituras conveniadas e pela Apae. O espaço está aberto para pacientes da microrregião de Saúde de Três Pontas. São eles: Três Pontas, Santana da Vargem, Coqueiral, Boa Esperança e Ilicínea, com uma população de cerca de 126 mil habitantes.
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Os atendimentos começaram em julho e para ter acesso aos serviços basta procurar um posto de saúde e agendar consulta para a avaliação. “Caso o usuário seja elegível para tratamento no Centro, ele será referenciado pela Secretaria Municipal de Saúde do município em questão para reabilitação no CER II – Apae de Três Pontas”, orienta o gerente, Nuno Augusto Alves.
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