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Comerciantes reclamam de fechamento de rua para montagem de estrutura do Fenac

Na sexta-feira (28) e no sábado (29), Três Pontas receberá a sexta e última etapa classificatória do Festival Nacional da Canção (Fenac). A estrutura, na Praça Cônego Victor, começou a ser montada nesta quarta-feira (26) e uma das providências desagradou a um grupo de comerciantes. Eles reclamaram do fechamento de uma via, assegurando que isto não era necessário. 

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Fechamento de rua nesta quarta-feira era desnecessário, segundo comerciantes

As placas de impedimento de tráfego de veículos foram colocadas na entrada da rua abaixo da Matriz D’Ajuda logo pela manhã. Dois caminhões estacionados à frente traziam partes de tenda a ser erguida no átrio da Igreja e banheiros químicos. Com o trânsito fechado, em alguns momentos foram registrados congestionamentos e os motoristas tiveram como opções a Rua José Luiz de Mesquita ou a estreita Rua João Vida Diniz que antes tinha o nome de Imperatriz. Condutores de veículos maiores, caminhões – por exemplo – foram os mais sacrificados em termos de manobra.

De acordo com o Empresário, Sebastião de Fátima Cardoso, faltou planejamento por parte dos realizadores e apoiadores locais do Fenac, além de diálogo e respeito para com os comerciantes. “Temos dois caminhões aqui na porta da minha loja que não deixam fluir o trânsito. Além disso, o pessoal que vem de fora não sabe para onde vai porque não há guarda de trânsito para orientá-los”, disse.

Na opinião de “Tiãozinho”, o prejuízo se estende a toda população. “Já não temos estacionamento suficiente na Cidade e ainda fechar o trânsito numa quarta-feira para um evento que vai começar somente na sexta é inviável. São quase duas horas da tarde e até agora não se fez nada nessa rua, então, por que está fechada?”, completou.

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Empreendedores afirmam que não são contra o evento, mas que faltou planejamento e diálogo. Na foto, os entrevistados “Tiãozinho” e Giovani (ao centro)

O Empresário destacou que nenhum dos reclamantes é contra a realização do Fenac e outros eventos culturais e festas que possam agradar à comunidade. No entanto, apontou que as iniciativas precisam ser dialogadas e, opinou, a Praça não é o lugar ideal para abrigar os acontecimentos.

A falta de comunicação segundo o Comerciante é comum. Ele defendeu que, para os próximos eventos, os planos sejam levados ao conhecimento do presidente e associados da Associação Comercial e Agroindustrial, especialmente os da região central que são os mais afetados. “É preciso ver os prós e contras porque sempre existe uma saída. Não somos contrários a eventos, mas tem que haver um diálogo, um planejamento antes de tudo”, reforçou “Tiãozinho”.

“Público do Fenac não vem para comprar e, sim, para viver a música”

Questionado a respeito da compensação – sobre um possível prejuízo acarretado pelo fechamento da via – com a vinda de centenas de pessoas à Cidade, entre elas, compositores, músicos, intérpretes e seus amigos e familiares, participantes do Festival Nacional da Cultura – evento paralelo ao Fenac – além da equipe de produção dos dois festivais, o Empresário afirmou que não espera aumento nas vendas.

Segundo ele, o público do Fenac não vem para comprar e, sim, para viver a música. Então, foi enfático, “um evento na sexta-feira e no sábado em frente ao comércio que está gerando empregos, que está pagando impostos e que aguenta a barra o ano inteiro com certeza traz prejuízos ao comércio local”. As exceções, mencionou, ficam para os segmentos de hotelaria, bares e alimentos.

Outro Empreendedor que registrou indignação foi Giovani Luis Pereira. Ele observou que o impedimento do tráfego de veículos levou à perda da visualização das empresas instaladas no trecho, à perda de vagas de estacionamento e aumentou a dificuldade de trânsito nas ruas paralelas.

“Nós notamos que não há necessidade desse fechamento porque existem dois caminhões parados, um de cada lado, sendo que poderiam ser posicionados de maneira diferente e o fluxo continuar normal. É uma falta de planejamento, falta de conversa e análise para não deixar que isso aconteça”.

Giovani realçou que o comércio é hoje o principal responsável pela geração de emprego e renda em Três Pontas. No Município, analisou, há poucas indústrias e o agronegócio, especialmente do setor cafeeiro, há tempos deixou de ser o sustentáculo da economia local. Mais um motivo, na avaliação do Comerciante, para o segmento ser consultado em situações semelhantes e ser ouvido, sempre, em seus direitos.

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Pedestres temeram que trânsito no local de veículos com carrocerias altas provocasse acidentes

Sob a tenda

Ainda na Praça da Matriz, porém na rua das agências bancárias, o trânsito ficou fechado até a montagem de uma tenda. Depois, foi parcialmente liberado. Alguns motoristas aproveitaram as vagas e estacionaram seus veículos à direita da via.

Enquanto o trânsito fluía tranquilamente para os condutores, alguns pedestres mais observadores ficaram apreensivos. Isto porque, imaginaram, o estrago poderia ser grande se algum caminhão com carroceria mais alta tentasse passar por lá.

Logo após as entrevistas, a reportagem do Sintonizeaqui registrou dois policiais atuando na organização do tráfego no local. Os militares auxiliaram um caminhoneiro liberando para o trabalhador a via interditada. O condutor agradeceu e afirmou que, sem a ajuda, a “vida” dele naquele momento estaria bastante complicada.

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