Qualidade de Vida e Saúde para o trespontano

Você, trespontano, se defende ou abre portas para bandido?

O que você faria se soubesse que bandidos invadiram Três Pontas e que estão se preparando para atacar, para causar danos e até matar você e sua família? Você deixaria a porta da sua casa aberta, o quintal desprotegido? Você acolheria esses bandidos na sua residência mesmo sabendo do perigo que estaria correndo?

É claro que não, concorda? Mas é exatamente isso que muitos trespontanos estão fazendo, abrigando um ser malvado que ameaça, que causa prejuízos, que pode levar à morte. 

De acordo com o Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (LIRAa), realizado em Três Pontas no período de 7 a 10 de janeiro, o índice de infestação predial do mosquito da Dengue na cidade é de 4,1%.

O que isso quer dizer? Que o número de mosquito transmissor da doença no município está altíssimo, já que o índice aceitável é de 1%.  Significa ainda que o lugar onde ele é mais encontrado é justamente as casas: 80% dos criatórios estão nos quintais. Os outros 20%, em terrenos baldios. Também segundo a amostragem larvária, há grande concentração no Bairro Philadelphia, onde, sobretudo bromélias, favorecem a reprodução do vetor. A orientação da Vigilância Ambiental a quem cultiva é arrancar essas plantas. 

Neste ano, lembrando que estamos apenas no começo de fevereiro, 4 casos de Dengue foram confirmados em Três Pontas e 27 foram notificados. Para o médico Veterinário, Marcelo de Figueiredo Gomes, atual secretário municipal de Meio Ambiente e coordenador da Vigilância Ambiental, as notificações crescem a cada semana e há risco de epidemia.

Secretário de Meio Ambiente, Marcelo de Figueiredo Gomes, explica que Três Pontas corre risco de epidemia de Dengue

Não bastasse a grande presença do Aedes aegypti existe um agravante, explica o secretário. Quem teve Dengue por aqui, foi infectado pelo vírus tipo 1 e por causa dele não ficará mais doente. Acontece, porém, que o vírus tipo 2 já está circulando na cidade e pode levar qualquer pessoa – até mesmo quem já teve Dengue – para a cama, para o hospital e, com toda sinceridade, para o cemitério. Isto porque a população está vulnerável, não tem imunidade contra o tipo 2.

Caminhão da Prefeitura é acionado em ação de limpeza de entulho e outros objetos que, ao ar livre, servem de criatório para o mosquito da Dengue

Em 2018, Três Pontas confirmou 31 casos de Dengue, mas este número tende a ser maior, na opinião de Marcelo Gomes. O secretário imagina que pessoas podem ter sido infectadas e não procuraram o sistema de saúde.

Outro sinal de alerta: desde 2015 o vírus da ZiKa circula no município. Em 2016, Três Pontas liderou em casos suspeitos da doença no Sul de Minas, 244 – dos quais 241 foram confirmados. No mesmo ano, também foi verificada a presença do vírus da Chikungunya com 5 notificações das quais 2 tiveram confirmação. Os dados são de dezembro de 2016. Os dois vírus também são transmitidos pelo Aedes aegypti.

As medidas de combate ao mosquito seguem, segundo a Prefeitura: pesquisas larvárias, visitas investigativa e informativa dos agentes de Endemias às casas e locais mais suscetíveis à proliferação, fumacê – conforme protocolo do Ministério da Saúde e, entre as ações preventivas, o projeto Cidade Limpa, que determina prazo para limpeza de terrenos e sujeita à multa os proprietários que não atendem à notificação.

O Poder Público Municipal afirma que já tomou partido: procura agir como um policial que busca proteger a sociedade. Cabe agora ao cidadão abraçar a defesa mantendo sua casa, seu quintal, seu lote limpos ou deixar que o bandido Aedes aegypti, chamado popularmente de mosquito da Dengue, da Zika, da ChiKungunya e até da Febre Amarela faça a festa que pode terminar muito mal.

(Foto página inicial: Reprodução TV TEM)

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