Educação, Cultura e Lazer

Escola, família e sociedade se unem e promovem melhorias na Escola João de Abreu Salgado em Três Pontas

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Fachada parcial da Escola Municipal João de Abreu Salgado que neste ano letivo atende a quase 700 alunos do 1º ao 9º ano

Quando os alunos retornaram às aulas nesta segunda-feira (1º) encontraram a Escola no mínimo mais confortável e segura, graças à dedicação da diretoria, demais servidores e da comunidade. As melhorias foram percebidas nas salas de aula que ganharam alfabetos fixados acima da lousa, além de ventiladores. Biblioteca, refeitório, banheiros, quadra esportiva e até o pátio onde as crianças poderão curtir o recreio protegidas do sol e da chuva também surgem entre os setores reformados, juntamente com instalações hidráulicas e elétricas. Em corredores, a motivação ao estudo aparece em pinturas caprichosamente preenchidas por mãos habilidosas e solidárias. Ainda faltam algumas finalizações, sobretudo na faixa externa do imóvel, localizado no Bairro Catumbi em Três Pontas, mas a comunidade “João de Abreu Salgado” comemora as conquistas, fruto do envolvimento de muita gente.

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Sônia Montuani está à frente da direção da instituição de ensino e conta que a união de forças propicia aos estudantes mais conforto e segurança

Reformar o prédio escolar era necessidade há bom tempo, revela a Diretora Sônia Maria Montuani Silva. “Entendemos que se a criança está em local arejado, bem cuidado, agradável ela rende muito mais. Além disso, entendemos ser uma obrigação oferecer segurança e comodidade aos estudantes que passam grande parte do dia aqui”, completa. No entanto, continua a Diretora, a realização da obra se esbarrava nas dificuldades financeiras. Então, Sônia – apoiada pelos colegas de trabalho – puxou para ela a responsabilidade e buscou parcerias que tornaram a idealização realidade.

Os pais foram os primeiros convocados a colocar a mão na massa. Aceitaram de bom grado e cada um contribuiu à sua maneira. Todos cumpriram suas agendas de trabalho e no final da tarde se encontraram na Escola onde recomeçaram a luta junto a seus serrotes, martelos, pincéis. “Trazer os pais foi muito importante porque eles perceberam que precisamos caminhar juntos: Escola, família e sociedade. Eles notaram que são corresponsáveis pelo ambiente que os filhos frequentam para a escolarização”, registrou a Diretora Sônia.

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Obras começaram pelo interior do prédio escolar

Ajuda veio ainda do Presídio. Ao todo, dez reeducandos que prestam serviços à Cidade foram direcionados à “João de Abreu Salgado” e lá permanecerão até que toda a reforma seja concluída. O empenho resultará em redução de pena e em outros benefícios legais. Na turma, alguns são ex-alunos, portanto, têm uma história com a Escola que hoje ajudam a aprimorar.

Servidores da Prefeitura e funcionários da própria instituição de ensino também são citados como colaboradores, além de profissionais liberais e empresários que completaram o time. Alguns cederam mão de obra, outros doaram materiais e outros mais fizeram a preço de custo. A união de forças – que recebe o reconhecimento da Diretora – beneficia 657 alunos, do 1º ao 9º ano.

Escola Aberta: obras inspiram oficina

Durante as férias de julho, a Escola Municipal João de Abreu Salgado permaneceu movimentada pela equipe envolvida na reforma, mas também pelos próprios alunos. A eles se juntaram outros estudantes, oriundos de instituições de ensino municipais, estaduais e particulares de Três Pontas. Longe de atrapalhar a terceira edição do Projeto Escola Aberta, as obras se tornaram umas das oficinas que ocuparam o tempo da garotada. Com o Projeto, eles trocaram horas ociosas por brincadeiras e mais aprendizado.

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Chico Chagas, um dos mais conceituados pintores de Três Pontas deixa sua marca voluntária na Escola do Bairro Catumbi

Desta vez, entre 300 e 400 meninas e meninos elaboraram as atividades recebendo o suporte de vários estagiários. Envolvidas com as obras, as crianças organizaram os materiais para que, quando os pais chegassem para o turno de serviço, encontrassem tudo mais facilmente. Assim, ajudaram na economia do tempo de cada voluntário. Enquanto caprichavam na arrumação, ouviram explicações sobre construção civil. Os serviços de pedreiro e servente, de marceneiro e pintor estiveram entre os temas abordados nas palestras.

Houve ainda oficina de teatro, oficina de xadrez, oficina de comunicação, gincana, basquete, vôlei e futebol.

“Procuramos desde a estreia do Projeto em 2015 promover a educação, a cultura e o esporte deixando que os próprios estudantes elaborem as oficinas e compartilhem suas habilidades, claro, com a supervisão de estagiários, profissionais de diversas áreas e até de professores de outras escolas que se juntam a nós nas férias de julho, dezembro/janeiro”, explica Sônia.

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Durante a Escola Aberta, em julho, reforma se transformou em oficina e crianças descobriram o valor da construção civil

Sarau, Arte na Praça, passeios a clubes e à Serra de Três Pontas já fizeram parte da Escola Aberta que chegou à terceira edição. Um dos reflexos da ocupação do tempo da garotada é percebido dentro da própria Escola onde a coleta seletiva, horta para uso pedagógico, compostagem e jardim suspenso vão a todo vapor, resultado do tratar o assunto sério com a leveza das brincadeiras que marcam a infância.

“No Projeto Escola Aberta – dos 3 aos 16 anos – brincar significa aprender para a vida”, finaliza a Diretora.

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